sexta-feira, 6 de julho de 2007

Professor Universitário

O VERSO E ANVERSO DA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA DO BRASIL

O Brasil realmente é um país do contraste, esse adágio popular já se configura em todas as regiões, seja de norte ao sul, de leste a oeste, e se notabiliza principalmente quando comparamos essas regiões como centro oeste.

Enquanto toda a classe brasileira trabalha para tentar amenizar suas contas, ou seja a ausência de dinheiro licito, ás custas de suor e trabalho, lhe causa problemas financeiros em sanas suas dívidas, enquanto que a classe política brasileira localizada no centro oeste o dinheiro obtido por meios escusos causa problemas a essa classe, em suma, a ausência dos recursos incapacita e desequilibra a classe trabalhadora em detrimento ao excesso desses recursos distribuídos á classe política que lhe causa dores de cabeça.

Ficamos portanto diante de um dilema, pois a tão sonhada distribuição de renda se comprova em sua existência, mas de modalidade no mínimo imprópria, pois que se procura é a racionalidade equânime na distribuição de renda.

Em face dos escândalos últimos, onde se comprova uma ilícita distribuição de renda, nos induz, míseros mortais, a refletir sobre o grande problema que se constata no país, e a s vezes nos perguntamos que pais é esse? Mas em nossa sensatez temos a certeza de que esse país é abençoado por Deus, pois possui riquezas que somente alguns podem desfrutar.

Elevo nesse momento essa antítese para ressaltar a existência do SUPER SIMPLES, pois todos os micros e pequenos empresários, depositavam suas últimas esperanças na busca de conter a gula da máquina tributária, minorando o impacto de seus custos tributários.

Como advento da Lei Complementar No.123/2006, que regulamento o SUPER SIMPLES, hoje com interpretações e normatizações mais clarividente, observamos que grande parte dessas empresas não poderá adentrar no referida sistema, por motivos alhures, dentre eles a existência de débitos com a máquina tributária e demais variáveis.

Observo nessa seara um problema que nós profissionais devemos entender, os grandes dilemas que assola a micro, pequena, média e grande empresa, são os custos operacionais, trabalhistas, tributários, financeiros e similares que precisam de notoriedade e seriedade quando inseridos nos demonstrativos financeiros e analisados com capacitação e qualificação com o macro objetivo de atender a um planejamento estratégico que vise a sustentabilidade do patrimônio dessas empresas, alicerçados e alimentados por profissionais competentes e qualificados para o exercício de suas atividades.

Em face das incertezas que assolam o futuro dessas empresas, principalmente as micros e pequenas, já que notadamente essas empresas recolhem os tributos e encargos trabalhistas, que empregam aqueles que participam da estatística dos agravos sociais, contribuindo para minorar as dificuldades provinda da má distribuição de renda e de oportunidades motivados pelos pífios resultados econômicos, onde devemos refletir sobre esse impasse.

Com a implantação do SPED - Sistema Público de Escrituração Digital, Nota Fiscal Eletrônica, SPB – Sistema de Pagamento Brasileiro,TED – Transferência Eletrônica de Débitos, e demais artifícios tecnológicos constituídos e implantados por órgãos fiscalizatórios, devemos pensar e nos voltar para a obediência aos princípios técnicos, éticos e transparentes que norteiam a nossa profissão, ou seja, o exercício pudico na elaboração da contabilização dos fatos que alimentam a contabilidade das empresas.

A existência dessas empresas é de vital importância para a nossa economia, mesmo que muitas delas pereçam na busca de seu equilíbrio patrimonial, devemos, como profissionais exercer a contabilidade com a mais seriedade possível, no aspecto legal, ético, moral existente.somente assim poderemos atingir a nossa performance profissional.

Entendo que a flexibilidade no trato com essas empresas deveria ser diferenciado, elevando o mais sublime método racional de distribuição de renda, que resulta na busca da dignidade humana, ma oportunidade de empreender, na responsabilidade de recolher os tributos e encargos trabalhistas de modalidade proporcional, na contenção dos índices de violência e realimentando e estabilizando a economia, pois a média e grande empresa produz e revendem seus produtos ás micros e pequenas para alimentar o sistema econômico.

A busca da capacitação, qualificação e da educação continuada é condição ímpar para que possamos atingir o real objetivo que é a continuidade dessas empresas, onde devemos demonstrar que o Planejamento Tributário por Elisão Fiscal, o Planejamento Estratégico de Vendas, o Controle de Custos e Despesas, a análise financeira periódica de seus produtos e serviços, a busca da qualidade desses produtos quando oferecidos a sociedade, a responsabilidade social, ambiental em perfeita sincronia com a atividade da empresa, a ética nas relações e demais valores precisam ser exercidos com objetividade.

Procuro fazer sempre essa referência para que esses profissionais que labutam na área procurem a transparência em suas relações visualizando a maestria profissional para que no futuro não sejam alijados em sua profissão pelo verso e anverso de que trata o tema em lide.

ELENITO ELIAS DA COSTA
Contador, Auditor, Analista Econômico Financeiro, Consultor de Cursos do CDL/SEBRAE/CRC, Professor Universitário, Professor Avaliador do MEC/INEP do Curso de Ciências Contábeis.